Hoje faz precisamente vinte anos que fomos abalados por esta terrível notícia. Às 5h19 da madrugada dá-se o início deste inferno mesmo no coração de Lisboa. Pessoas foram despertas com esta notícia, ficando incrédulas com tamanho desastre de tão grandes dimensões.
Casas como os Armazéns do Chiado, os Armazéns Grandella, a Perfumaria da Moda, Jerónimo Martins, Eduardo Martins e tantas outras pequenas lojas e escritórios, algumas delas já centenárias, ficaram totalmente destruídas e irreconhecíveis. No total foram dezoito os edifícios do século XVIII que ficaram completamente em ruínas. Cerca de 2000 pessoas que aí trabalhavam, perderam os seus empregos. Inacreditavelmente apenas duas pessoas morreram, outras 73 ficaram feridas, a maior parte delas bombeiros.
Hoje em dia seria bem mais fácil à imprensa fazer a cobertura por completo de um acontecimento desta envergadura que na altura era dificultado pela tecnologia pouco desenvolvida. Cassetes de video das filmagens da catástrofe iam sendo levadas para as redacções da Rtp. Tudo isto seria mais fácil hoje com imagens difundidas por satélite, telemóveis com gravação de video e tantas outras tecnologias que na altura não existiam. O diferente Chiado que agora podemos ter o prazer de visitar é obra do grande arquitecto português Siza Vieira, que recuperou toda esta zona conservando as fachadas originais. Infelizmente é pena que tenham que acontecer incidentes como este para que alguma coisa se faça em termos de remodelação ou até inspecção. Dezenas ou até centenas de prédios continuam devolutos e esquecidos, dando lugar a delinquentes que a qualquer altura deixam mais uma ponta de cigarro capaz de propagar um desastre.
Duas fotos mostrando o Chiado em 1963 e o Chiado nos dias de hoje...
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